Eu sou assim. Sou como me conheces-te e como me conheces. Nada mudou, apenas umas pinturazinhas nos lugares outrora poluídos. Nada demais, até ficou engraçado. Não me rejeites por causa disso, meu amor. Se quiseres, dar-te-ei os pincéis e os baldes de tinta que desejares. Eu sou a mesma. A obra principal ainda está bem notável. O que tu vês de diferente são os enfeites. O conteúdo é o mesmo. Oh, amor meu, porventura não abres tu os olhos e vês o quão incompleta eu estou? Não vês que preciso de um pintor?
Diz-me tu, paixão dos meus olhos, não és tu capaz de me aceitar? Será a lógica assim tão importante? Oh, vida minha, onde foste parar? Desde quando, amaldiçoadas pinceladas, controlam meu amado? Deixem-no em paz. Deixem-no fazer uma escolha. Deixem-no escolher entre o amor e a razão.
Que escolhes tu meu amor?
Que escolhes tu?...
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