Para ser grande, sê inteiro

Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive.
- Ricardo Reis

11 de janeiro de 2011

Infâncias


Que tal apenas voltarmos aos nossos dias de pura infância?
No tempo em que éramos crianças, dizíamos o que nos vinha à cabeça sem qualquer preocupação. Éramos puros e inocentes, simplesmente, à espera de sermos manchados pela consanguinidade da vida.
 Nem que seja por pouco tempo, seja quando for. Voltemos às nossas infâncias. A altura em que o mundo parecia girar à nossa volta porque éramos queridos e adoráveis. Os natais e páscoas repletos de presentes só para nós. Ah! Havia altura mais inocente e feliz? Altura em que só chorávamos por causa do nosso corpo ferido e não por causa das feridas conspurcadas. Naquele momento sonhávamos em crescer. Neste momentos sonhamos em minguar. Irónico.
Antes? Antes não tínhamos nada. Tínhamos as nossas bases e isso bastava. Sem complicações. Preto no Branco. Branco no Preto. A completa estaca zero.
Hoje? Hoje criamos barreiras que não conseguimos destruir. Destruímo-nos uns aos outros. Destruímo-nos a nós próprios. Somos uma nação que se auto-destrói. Forçando-se a encontrar um amor que possa ouvir as nossas lamúrias do dia e que possa dar uma palmadinha nas costas. No fim, rejeitamos as nossas origens e vivemos da miséria que somos sem ela.
Aren't you happy now?

2 comentários:

Ritawilliams disse...

muito obrigada! és muito querida, talvez possas divulgar :D
o teus também são muito bons!
kiss

ritawilliams

Margarida disse...

come back to childhood? that's an utopia!