Vendi-me. Deixei-me perder por uma velha cantiga de amor. Uma cantiga que não é nada para além do comum. Acordes básicos e monocórdicos. Simples, mas não desprovido de beleza alguma. Tudo o que me restou fui eu, suja, perdida (ainda mais do que já estou), abandonada ao relento por algo que parecia ser utópico. Já não há eu. Só vestígios, escassos vestígios de mim. Tinha esperanças de me encontrar antes que alguém o fizesse por mim. Sempre me habituei a ser eu o meu próprio cavaleiro montado no cavalo branco. Criticava tudo e todos pela verdade não tomar outra forma senão esta.
Disseste que me salvarias. Disseste que nunca me deixarias afogar e eu? Eu deixei-me acreditar. Parva que eu fui.
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