Seus olhos pávidos e serenos, quase aborrecidos, miravam os meus. O seu sorriso era pequeno e dificilmente sentido. O seu gesto já não irradiava luz. Se olhar para a mulher já crescida diante de mim, tudo o que verei, será uma rapariguinha com uma máscara velha e rachada, unificada com pequenas tiras de fita adesiva. Com o meu olhar, estendo-lhe a mão e tenho arranjar a sua máscara partida e com falhas, mas ela repele-me e empurra-me bruscamente para longe dela. Os seus olhos penetram-me e dilaceram-me lentamente. De novo chamo por ela. O seu nome ecoa e ressoa. Sempre fixada em mi, para ela, sempre fui um ponto final, e ela, apenas uma vírgula. Movê-la era impossível e por isso vivia em tormentos. Apercebi-me de um pequeno objecto afiado, que cerrava na sua pequena mão, com mais força do que tinha.
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